Ao adotar o Programa de Uso Racional da Água, especialistas apontam onde estão os maiores “vilões” do desperdício para analisar e combater as causas. Normalmente, há divisão entre consumo interno: banheiros, cozinha, ambulatórios, laboratórios e os externos: área de jardim, estacionamento ou outros locais fora do imóvel.
Na etapa de vigilância do consumo, além de detalhar os pontos de uso, pode-se adotar a telemedição que consiste na instalação de medidores para leitura e acompanhamento dos gastos à distância.
Na Universidade de São Paulo, por exemplo, existem diversas faculdades e o trabalho ali desenvolvido consistiu em instalar equipamentos para medir à distância e online para identificar o consumo em diferentes horários. Caso fossem registradas alterações durante a madrugada, por exemplo, havia sinais de perdas por vazamentos, já que as unidades permanecem fechadas. Sem esta técnica, um problema de vazamento poderia levar anos para ser identificado, com gastos excessivos e desnecessários.
Esta tecnologia integrada a programas e central de computadores permite que os responsáveis pelo programa vejam qual é a demanda de água para cada ponto e registro de dados e informações de forma rápida, diferente da medição mensal.
Hábitos e costumes
Um terceiro e importante pilar são os hábitos de consumo que necessitam de identificação detalhada para registrar se os maiores gastos são na cozinha, áreas externas ou banheiros. É preciso observar, registrar e falar com as pessoas para entender a dinâmica.
Palestras, reuniões e campanhas de conscientização são criadas para modificar padrões de consumo e alcançar a redução do volume utilizado.
A disseminação das dicas e orientações são importante para alcançar bons resultados.
Numa escola, por exemplo, após a adoção do Programa de Uso Racional da Água a média de consumo passou 14 litros a 6 litros por aluno ao dia. Já num prédio administrativo, o gasto que chegava a 32 litros por pessoa passou a 25.